quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O amor no ser humano

Não acho que o amor perdoa tudo.
Acredito, sim, que ele pode ser mais forte que qualquer coisa. Ele vence tudo, enfrenta qualquer coisa. Mas tudo isso só acontece quando você quer e se permite. A gente precisa se dar uma chance de vez em quando. Alguns vivem com os olhos fechados, sonhando, ao invés de despertarem e enxergarem o que está ao lado deles.
O amor é imperfeito, cheio de manias e muitas vezes é um baita mal educado. E tudo bem, pois penso assim: Se de vez quando não acordo em um bom dia, por que o amor deveria? A gente se cobra muito e, consequentemente, cobramos coisas do amor.
Esquecemos que o amor não nos deve nada. E que devemos, sim, pedir desculpas. Amar é ter que pedir desculpas quando a gente faz burrada. Quem não faz uma de vez em quando? Quem não erra? Se a gente ama, a gente quer que o outro esteja bem. Se a gente pisa na bola e fere o outro, queremos que ele nos perdoe. Por isso, amar é pedir desculpa quando magoamos quem mora dentro da gente.
Não quero descobrir o que é amar daqui a 50 anos. Nem sei se estarei viva até lá. Quero descobri-lo antes, assim como já descobri que não devemos querer que o outro se antecipe. Ninguém tem a obrigação de antecipar os seus desejos.
Ah, ele devia saber como me sinto. Não, ele não devia. Se você quer que ele saiba, diga. Se você quer que ele perceba, fale. As pessoas acham que as outras têm bola de cristal. Mais da metade dos 'sofrimentos' relacionados ao amor, acontecem porque um acha que o outro deveria saber, ter desconfiado, ter se dado conta, ter visto, ter enxergado. Tá, eu sei, eu sei, tá legal? Eu sei que a gente quer que o outro se preocupe com a gente, que nos cuide, mime, ame, se preocupe, mas peraí, não vamos exigir coisas que não podem ser exigidas.
A gente está aqui para aprender, para tirar alguma lição dessa vida maluca. Sabe qual o melhor aprendizado? Conviver com pessoas. As pessoas têm coisas lindas e horríveis para nos ensinar. Aprendemos a toda hora, em todo lugar. Aprendemos com relacionamentos, aprendemos quando abraçamos o outro, quando calamos, quando ouvimos, quando beijamos, quando nos irritamos. Aprendemos a cada vez que queremos aprender. O importante é querer estar junto, querer não desistir.
Ninguém tem a obrigação de saber o que a gente pensa. O que as pessoas devem é respeitar o que pensamos, isso sim.
E entenda: Ninguém vai pensar como você porque ninguém sente como você. Não queira colocar uma fita métrica imaginária no coração do outro e medir vamos-ver-quem-ama-mais. O amor não tem medidas, números, não cabe na balança. Cada um tem seu jeito, sua forma, sua personalidade. A gente tem que aceitar. Não só o outro, mas a gente mesmo. E viver.

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